CooperCasa

CooperCasa
A nossa nova casa mental

sábado, 17 de julho de 2010

Nova Mente: novamente com uma nova mente.


Ola, Pessoal.

Eu estou inaugurando este blog com o histórico deste programa de rádio, que vai ao ar toda 2.a feira às 11:00h na Radio Boa Nova - 1450mhz AM.
Há muito tempo eu já tinha a déia de usar a mídia como meio de levar a palavra esclarecedora. Já havia discutido isso inicialmente enquanto recém formado em medicina, com o Julio Prieto Peres, do INTVP sobre a possibilidade de se usar os outdoors para isso. Alguns anos depois ele me ligou dizendo que a nossa idéia estava conseguindo espaço em algum estado do nordeste que não me recordo agora.
Na época da faculdade descobri minha facilidade de falar e principalmente convencer as pessoas: dava “aulas-trote” e os calouros acreditavam na lista de compra de material, algo absurdo como um capilar de 1000ml, um rolo de linha Alba, etc. Depois comecei participar do grupo de teatro da faculdade, pois já tinha experiências do colégio, com a professora de artes cênicas Marinisia Brandão de Resende, da Escola Técnica Federal de São Paulo. Escrevi no jornal da Faculdade de Medicina Santo Amaro, eu e meu colega e amigo Flavio Pepe Calabrez, hoje também psiquiatra além de médico do trabalho. Redigíamos a sessão de humor de "O Escafóide", naquela época com máquina de escrever, recortes e cola: não havia computadores. Mas foi realmente no sexto ano da faculdade, já como interno do Hospital do Servidor Público Municipal, nos idos 1988, época em que o Jânio Quadros era o prefeito de São Paulo, que aceitei essa minha “veia de comunicador”. A convite dos residentes de cirurgia, conjuntamente com um movimento para orientação da população, proposto pelo prefeito, administrei palestras sobre primeiros socorros no anfiteatro do hospital. Lembro-me de que naquele dia decidi pelo estilo "piadista" o qual, apesar da estranheza dos meus preceptores, foi muito aceito e elogiado pela população assistente o que me salvou de reprovações acadêmicas. Foi então que decidi usar minha "autoridade médica" para chamar a atenção e as piadas para prender a atenção enquanto levava a palavra. Paralelamente a isto, já seguia os cursos na Federação Espírita do Estado de São Paulo, onde, durante o curso de expositor, aprendia as técnicas de psicopegdagogia. Mas quem me iniciou mesmo na exposição espírita foi um dos oradores, o Samuel, que eu sempre assistia durante meus longos anos de tratamento na Federação. Um dia ele me convidou para chegar mais cedo, antes de iniciar o tratamento A2, e assim fazendo, eu estava sendo inserido num treinamento “extra-oficial” para expositores: aprendi ali as principais técnicas de atrair e manter a atenção dos assistentes. E a minha vida acadêmica prosseguia, agora na residência de psiquiatria no Hospital do Juqueri, em Franco da Rocha, onde continuei a desenvolver a arte de falar, através de palestras dirigidas ao público e mesmo aos colegas. Descobri e reativei a sala de entrevistas com janela espelhada e utilizei uma câmara de vídeo para filmar os pacientes e suas atividades, com a devida autorização do diretor geral do Juqueri. Terminada a residência em psiquiatria fui trabalhar na então Comunidade Terapêutica Bezerra de Menezes, em SBCAMPO, e lá eu praticamente fazia uma palestra por dia, o que me rendeu franco treinamento e desenvolvimento desta minha faculdade de falar. Fiquei lá por uns nove anos, participando de quase todas os setores daquela instituição, com o apoio dos seus diretores dos quais guardo boas recordações e profundo carinho. Foi então que fundei a COOPERCASA e assumi também a direção do Recanto Maria Teresa em Cotia – Sp: foi nesta época que a Ercília Zilli da ABRAPE me convidou para ser entrevistado no seu programa “Novos Rumos” da RBN. Uma vez lá, Ercília me apresentou para o Diretor Jether que se interessou por um programa que falasse dos transtornos mentais à Luz da Doutrina Espírita. Preparei um projeto e lhe apresentei em 01/08/2003, já com a idéia do nome – Nova Mente, tudo isto feito durante as viagens pela Rodovia Raposo Tavares vindo de Cotia para São Paulo. A música do background do programa eu decidi também durante essas viagens, ouvindo um CD de uma médium que compunha músicas diretamente enquanto tocava seu piano. Jether aprovou, escolheu o trecho da música e a vinheta de abertura que está no ar até hoje. Ele apenas me pediu para esperarmos a revisão da grade de programas para o ano seguinte. E assim foi que no dia 08/03/2004, no dia internacional da mulher, ia para o ar, ao vivo, o primeiro programa Nova Mente.

Um abraço fraterno a todos.