CooperCasa

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A nossa nova casa mental

terça-feira, 8 de março de 2011

Revendo (re-ouvindo) nossos programas!!


Olá, Amigos da Boa Nova.

Estreei o blog já faz algum tempo e desde então não publiquei mais nada. Tenho tantas ideias que os meus próprios ideais por vezes me fazem questionar: qual o limite entre levar a palavra esclarecedora e a promoção pessoal? Eu sempre fui questionado pelos colegas médicos se eu não estaria usando a religião para me promover. Eu confesso que sempre gostei de "aparecer", usar meu "status de médico" como pretexto para levar a palavra. Aprendi isso com meu professor de cirurgia, Dr. Thomaz Szegö (1), quando ele foi para os meios de comunicação a fim de divulgar uma campanha antitabagismo. Dr. Thomaz, movido de uma sincera vontade de servir, mobilizado pela morte de seu querido avô, vítima do tabagismo, foi duramente interpelado pelo jornalista: ...quem é você e por que alguém lhe ouviria? É necessário um motivo, um "gancho" para que o doutor possa aproveitar a "deixa" e falar sobre o tabagismo. Foi então que, a convite dele, comecei a participar de sua campanha intitulada "Corra para parar" ou "Pare de fumar correndo" uma corrida de resistência que era uma pré-classificação para a São Silvestre. Ampla divulgação era feita, obtinha patrocínios e eu e meus colegas, alunos do professor, saiamos distribuindo panfletos e adesivos da corrida. No dia do evento, Dr. Thomaz tomava seu posto e desde o primeiro momento aproveitava as câmaras e microfones para informar sobre os males do tabagismo. E frisava sempre que era uma campanha antitabagismo e não antitabagista movimento francamente humanista focando na informação como forma de prevenção primária desta doença.
Eu estou comentando uma situação ocorrida já nos idos anos de 1986 e ainda demoraria alguns anos para eu assumir minha facilidade de comunicação como instrumento de prevenção e de tratamento e recuperação.
Mas confesso, mais uma vez, que foi somente neste final de ano passado que percebi a importância do que faço: foi durante a edição de natal do programa NovaMente, em que levei meus filhos Thomaz (9a) e Daniela (10a)para participarem. Eu li com eles, um dia antes, um trecho do livro "Rindo e refletindo com Chico Xavier - II" de Richard Simonetti, cujo título é "Justiça e Bondade". Meus filhos fizeram um debate no qual não precisei intervir a não ser para encerrar o programa. Eu deixei o estúdio transformado: quantas vezes eu teria sido bondoso para alguns e deixei de ser justo para outros tantos? E quantas vezes, pensando estar sendo justo, fingi ter uma humildade, aquela aprendida através de ranços repressores da educação e da religião,
e deixei de ser bom, ou seja, causei um mal por omissão "conveniente". Quantas vezes disse sim, só para ficar "bonito na fita" e acabei ensinando e causando a iniquidade. Quantas vezes fui iníquo comigo mesmo e com meus familiares, amigos e colegas na guisa de ser "Dr. João, o bonzinho" ou "Tenente Navajas, o bonzinho".
Agora, em 2011, ano em que completo 50 anos de idade, algo despertou dentro de mim, causando uma transformação íntima, uma morte e um renascimento pelo qual nunca estive tão determinado a servir ao Bom, ao Belo e ao Verdadeiro, mesmo que possa parecer "injusto" e nada bondoso. Essa percepção foi tão intensa que uma pessoa disse ter sonhado que eu havia morrido: estavam todos na recepção do meu consultório e lamentavam que não chegaram a tempo de serem atendidos!!! E eu pergunto: atendidos em seus pedidos e não em suas reais e verdadeiras necessidades, das quais eu só facilitava suas vidas, retirando os obstáculos que os transformaria!?
Assim, a partir deste texto inauguro esse meu real tamanho, do qual não me orgulho, mas também não me envergonho: farei uso dos meus talentos, agradecido a Deus de poder servir com o que sou e o que tenho. Pois é partir do nosso real tamanho que poderemos crescer e não de bondade e justiça ilusionadas por um ego altivo, culpado e medroso.
Peço que compreendam, mas não me perdoem, os que bondosamente eu facilitei a vida e assim os convenci da estagnação pela conformação com a doença: eu também estava doente. Peço lhes, assim, que me permitam reparar essa injustiça através de atitudes enérgicas, porém realmente consoladoras na luta pela transformação.
E juntos estaremos participando do único e verdadeiro espírito Cristão: a ajuda mútua.

Podem ficar a vontade.

(1) Dr. Thomaz Szegö - http://www.ccogastro.com.br/curriculumthomas.asp

2 comentários:

  1. Dr João, que este renascimento lhe traga inspiração e tempo para continuar escrevendo este blog.

    Um abraço fraterno,

    Raquel

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  2. Dr. João permita a intimidade da declaração "O senhor é apaixonante" suas palvras calaram fundo em meu coração.Estou vivendo um momento de descobertas internas, que admito doeu um pouco, mas agora tem sido um alento e uma grande espanção de conhecimentos internos.
    Acredito hoje que os ensinos de Jesus começaram a sublimar em meu coração, e fortaleceu meus passos.
    Por isso digo ao senhor Permitamo-nos aprenderr a gostar da vida e amar a nós mesmo, ena;tecendo o mundo com a cooperação na Obra Excelsa do Pai e celebrando a dádiva da vida em nossos caminhos de cada dia.
    muita paz
    walkiria
    http://kila-transicaoplanetaria.blogspot.com

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